Loading

domingo, 14 de abril de 2013

Nicole Bahls e Gerald Thomas, produtos deste país



A cena degradante dessa semana envolvento Nicole Bahls e Gerald Thomas levanta algumas questões que merecem uma reflexão mais profunda, mas menos maniqueísta, como as opiniões que estão em todos os blogs do Brasil. Aguns aconselham levar o cara à guilhotina e outros pensam em levar a garota para o elenco traficado da novela Salve Jorge.
Sinceramente, está difícil de prever o futuro deste país. Quando alguém com mais de 30 anos fala de uma cultura diferente que já houve neste país, vem um mané e diz que é saudosismo. Sim; tenho saudades. Tenho saudades da época que se tinha de ralar muito para gravar um LP (que o leitor pergunte para o Google que diabo era isso). Hoje todo e qualquer desvairado sem nenhum talento, mas que cante muita porcaria, que elogie o beber até cair, maconha até o dia amanhecer, embebedar a mulherada para obter sexo e coisas afins, senta numa mesa de computador grava um CD, comprado o cento a R$ 30,00 na Santa Efigênia, e faz o maior sucesso.
E com a bunda e os melões não são diferentes. Para que talento? Para que educação? Para que faculdade? Basta um punhado de silicone e a panaceia dos males deste país surge na tela da TV e nas capas de revistas.
Um “imbecilismo”, se me permitem o neologismo, toma conta deste país. Nunca vimos tanta informação, tantos equipamentos para acessá-la, tanta mídia para levá-la rapidamente a milhões, mas tão poucos cérebros aptos a digeri-la. O Estadão publicou uma matéria em meados do ano passado afirmando, que segunda a oitava edição do Indicador de Analfabetismo Funcional (Inaf) “entre 2001 e 2011, o domínio pleno da leitura caiu de 22% para 15% entre os que concluíram o Ensino Fundamental II, e de 49% para 35% entre os que fizeram o ensino médio. Com ensino superior, 38% não chegam ao nível pleno.”
Não é de admirar que o emburrecimento esteja se tornando o maior patrimônio deste país. Somado ao sistema colonialista implantado no Brasil desde as colônias, ao machismo sem sentido e uma mídia movida a silicone e imbecis que tem um público cativo, não causam mais estranheza cenas patéticas como a do escritor e a jovem econômica nas vestimentas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário