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domingo, 14 de agosto de 2011

Não há portas a fechar


No meu post anterior terminei por fazer uma pergunta, a qual foi “quem fechará as grades do presídio?" Não foi ingênua a pergunta, pode crer caro internauta. Não foi ambígua. Sarcasmo? Talvez.

No fim, é mais dramático, é um achincalhe a opinião pública, ao povo brasileiro. Com todos os recursos disponíveis no sistema judiciário brasileiro e bons advogados, na se passa muito tempo na cadeia. Os 11 últimos, dos 33 presos na operação Voucher da Polícia Federal, foram soltos no sábado.

Não, caro internauta. Não é preciso se preocupar com quem fechará as portas, uma vez que ninguém permanece lá. Pelo menos os políticos e seus apadrinhados. Alguns se ofendem quando se diz que no Brasil só vão para os presídios os três “p”s: preto, pobre e prostituta. Não é assim? Veja alguns dados.

Uma pesquisa feita pelo Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúblio Vargas (FGV), “Retrato do Presidiário Carioca”, a qual aponta números impressionantes. Os dados mostram que 66,5% dos negros cariocas estão nos presídios. Do total, 16,3% são analfabetos; 80,3% têm nível de escolaridades baixo.

É preciso argumentar mais?

A pergunta agora é: político, preto, pobre ou prostituta? Se pertencer ao primeiro “p”, tudo bem, as portas não serão trancadas. Se for dos últimos, a justiça funciona muito bem, obrigado...

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