Caro leitor, como disse em meu post do dia 07 de junho, no blog www.contosdepassira.blogspot.com, tudo seria possível, inclusive nada.
Depois de 24 penosos dias transcorridos após o início da crise, o Ministro-chefe da Casa Civil, finalmente, saiu. Parecia aquela cena do filme Tropa de Elite, o Capitão Nascimento, interpretado pelo ator Wagner Moura, infligia maus tratos àqueles que seriam corruptos e dizia aos brados: “Pede pra sair!”... Por fim, os corruptos eram expulsos pouco a pouco do treinamento do Bope.
Na vida real, foi um pouco diferente, ele não pediu para sair, mas foi “gentilmente” coagido a sair pela oposição. Parece que não haveria mesmo outra saída, e saiu tarde, pois já fez um estrago desgraçado na imagem da Presidenta Dilma Rousseff. Lula foi chamado para tentar apagar o incêndio, pouco pode fazer, mas deu munição à oposição quanto a desacreditar a Presidenta. Agora, podem dizer: “Eu não disse? Ele (o Lula) é quem vai mandar...” A saída de Palocci foi um desfalque pesado no governo. Todos reconhecem a capacidade da Dilma, e também sua fraqueza, bem contrário ao ex-presidente, de articular politicamente sua base e se relacionar com a oposição.
A nova ministra da Casa Civil Geisi Hoffmann já deixou bem claro o que papel pretende desempenhar dentro do governo, e entre suas tarefas, não parece que está a de articulação política.
E a oposição e o Palocci?
Palocci não faz mais parte do governo, pelo menos oficialmente, e não pode mais ser submetido às CPIs que estavam tentando instalar. A partir de então quem poderia investigar seria o Ministério Público, mas este também já se pronunciou e nós sabemos o prato: pizza outra vez. A oposição disse que o ex-ministro ainda deve explicações e o “convidará” a prestar esclarecimentos, mas estou convencido que ele declinará do “convite”...
E as coisas continuarão assim, onde para uma boa parte dos políticos, o privado e o público se misturam, e o público acaba se tornando privado de uns poucos. E se o caro leitor não gostar é simples: “Pede pra sair!”...
Nós. Porque eles continuarão.

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