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domingo, 12 de junho de 2011

Sabe com quem está falando?



(Post do dia 07 de junho, em www.contosdepassira.blogspot.com)

O caso Palocci é uma ambiguidade crônica brasileira.

A oposição já tentou de todos os lados desgastar o ministro e o governo. Já deram alguns arranhões sérios, mas nada, ainda, que o derrube. Alguém se lembra do Presidente do Senado? Recebeu ataques de todos os lados; balançou, pendeu, recebeu algumas escoriações políticas, bateu os pés e disse: “Daqui não saio, daqui ninguém me tira”. E não saiu.

Não há uma previsibilidade muito boa acerca do Palocci, mas mesmo que ainda fique mais comprometido, uma vez que já não consegue fazer seu papel de articulador político, importantíssimo para Dilma, pois este é seu ponto fraco, o ministro não sofrerá maiores danos.

Qual é o problema? Enriquecer vinte vezes na vida pública em quatro anos? A sociedade está cansada de saber que não há carreira melhor, caro leitor, que a política.

Primeiro pelo status. Quando homens e mulheres adquirem um pouco de dinheiro e adquirem reconhecimento por isso, ficam vazios e se aventuram pela política a fim de ganharem poder... e mais dinheiro.

Pelo ego. Há um grupo que consiga reunir mais subservientes por metro quadrado que político?

Pelos privilégios. Caro leitor, esse pessoal vive em uma dimensão que nenhum outro mortal vive. Que outra função pode receber desde moradia, carro, viagens, bônus extra por algum “jeitinho brasileiro” entre outras regalias?

Ser político é viver num paraíso, não num paraíso fiscal, como os financeiros, mas num “paraíso político”. As leis que nos atingem não chegam por lá, a justiça também é diferenciada; lá, o Diabo não existe, só a oposição de vem em quando. Mas isso também não é problema, porque todos sabem como as coisas do poder realmente funcionam. Observe o discurso dela. Todos dizem: o Palocci tem que se explicar. Mas ninguém abre a boca para dá uma luz. O problema é a calda... Todo mundo tem rabo preso... Se fosse o contrário, como se ascenderia na política?...

Nesse paraíso político vale a lei de Gérson. Uma frase dita no comercial do cigarro Vila Rica em 1976, por Gérson, jogador da Seleção Brasileira: Gosto de levar vantagem em tudo, certo? Leve vantagem você também”.

Todavia, caro leitor, há uma pequena diferença. Não há neles a segunda idéia: “Leve vantagem você também”. Eles são egoístas. São apenas narcisistas pecuniários do erário.

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